A velha sabedoria popular de que uma boa noite de sono é premissa para um dia produtivo não está longe de se aproximar do que a Ciência nos prova. Aqueles que abrem mão de dormir cedo e por, no mínimo, 8 horas diárias estão contribuindo para a queda da produção de um importante hormônio secretado pelo nosso organismo, a melatonina
Além de ter como umas de suas funções centrais participar do controle do relógio biológico, ou seja, induzindo o sono na hora certa e auxiliando o nosso corpo a se manter adormecido, a melatonina também tem uma importante ação antioxidante, conforme pesquisas já revelaram. Este hormônio, assim como alguns outros que são secretados pelo nosso organismo, atua como agente de manutenção da harmonia e do funcionamento do nosso Sistema Imunológico, que nos protege contra as doenças.
Cara amassada, mau humor, sonolência. As mudanças com a chegada do horário de verão à meia-noite de hoje não serão apenas nos ponteiros do relógio.
O organismo de quem vive nos estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste, além do Distrito Federal também pode ser afetado nos primeiros dias. O corpo sofre uma espécie de jet-lag, um cansaço comum semelhante a pessoas que encaram um fuso horário diferente durante uma viagem. É preciso um tempo para voltar a se alinhar ao novo ritmo.
Enquanto algumas pessoas aproveitam a luz do dia para estender o happy hour até as 20h, 20h30min, outras têm dificuldade para dormir.
Segundo o neurologista Luiz Paulo Queiroz, o metabolismo demora uma média de três a sete dias para se adaptar ao horário de verão. Isso por que a melatonina, o hormônio regulador do sono, é acionado pela falta de luz. Ou seja, o corpo tem um ciclo guiado pela luminosidade. Quem estava acostumado a dormir às 23h no horário antigo (cerca de quatro horas depois de escurecer) pode ter dificuldade de encarar o travesseiro no mesmo horário, pois o dia claro será mais longo.
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